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Um falso cu

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Um zoólogo passa anos a estudar uma única espécie para tentar perceber o seu comportamento. Para um zoólogo, os seres humanos são macacos sem cauda e com cérebro volumoso. Somos apenas mais uma espécie, embora muito peculiar. Basicamente divergimos das restantes espécies em três aspectos fundamentais: a postura, o tamanho do cérebro e a sexualidade. A chave para a compreensão da sexualidade humana reside no reconhecimento de que se trata de um problema de evolução biológica. Algumas características sexuais podem ser mais vantajosas do ponto de vista da sobrevivência e da reprodução do que outras. Qualquer zoólogo sabe que as fêmeas de todos os outros primatas exibem os seus sinais sexuais para trás, a partir da região do traseiro, ao caminharem sobre as quatro patas. Os inchaços sexuais são estímulos-chave que excitam os machos. Para a mulher os sinais traseiros são as nádegas, mas estas só funcionam como poderosos sinais eróticos quando vistas de trás. A mulher não anda sobre as quatro patas, ela caminha erecta e em qualquer contexto social ela encara o homem frontalmente. Desta forma quando se encontra cara a cara com um homem, os seus sinais traseiros não são visíveis. Contudo a evolução de um par de nádegas fictícias no peito permite-lhe continuar a transmitir o sinal sexual primevo sem ter de virar as costas. De uma forma simplicista, as mamas não são mais do que um falso cu, transmitindo idênticos estímulos visuais e atraindo o homem (questiono-me sempre sobre o impacto do meu traseiro face às minhas mamas, pensando se a evolução me favoreceu. Sempre me foi dito que tinha bom traseiro, daqueles arrebitados .... nessas alturas acho que pode existir alguma desvantagem de caminhar de uma forma erecta ! ).
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