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FALSO GRAAL

Inventei a ironia numa toada de vento
Roubei as asas a uma gaivota azul
Colei-lhes um poema cheio de penas
E enviei-o para uma tonta do sul

Inventei um mar numa bola de sabão
Roubei uma corda forte e boa
Atei um rol de mágoa à mesma
E afoguei-as nas águas de uma lagoa

Inventei uma criatura de nome amor
Roubei-lhe a maldade por tempo indeterminado
Pintei suas vestes com as cores do arco-íris
Achei-a feia e fiquei pasmado

Já chega de invenções…
Todas elas saídas de contradições
Apenas uma era verdadeira
Porque foi gerada de mil emoções

Está maluquinho o poeta zinho…!?
Deixou de funcionar este ser em desalinho
Recolheu do prato um ramo de amarguras
Meteu pernas à lonjura do caminho

Andou às voltas até ter dores nas costas
Sacudiu a alma e bebeu um pedaço do céu
Fechou os olhos e sem querer pisou um falso fantasma
Que fez um terrível escarcéu

Eu não dizia que isto são mesmo maluqueiras
E quando assim é só pode dar para o torto
Este poeta pateta já não aguenta com gente
Já parece estar meio-morto

E para fechar a loucura com chave de ouro
Fiquei convencido de ter encontrado um tesouro e coisa e tal
Era apenas uma estranha criatura, qual Eva
De rosto lindo espelhado num…Falso Graal…

Just do (me) #6

O silêncio que se lhes impunha nas vozes não abafava o tumulto de pensamentos que lhes invadia  a mente. Em frente aos olhos dela passava um turbilhão de imagens. Apetecia-lhe que ele interrompesse o frio gélido que lhes constringia os membros e se lançasse ao seu corpo com a vontade insaciável a que a tinha habituado. Apetecia-lhe que a despisse sem pudor, lhe arrancasse do corpo as vestes que separavam as suas peles. Apetecia-lhe que lhe tomasse a boca num beijo impossível de contornar, que as suas mãos a abarcassem toda. Apetecia-lhe que de rompante entrasse nela, preenchendo-a de si e deixando paulatinamente desenlaçar o nó aprisionado nas suas gargantas. Apetecia-lhe senti-lo crescer na exacta proporção em que nela crescia o desejo, apetecia-lhe sentir o seu sabor tão familiar que a viciava mais a cada dia. O silêncio que se lhe impunha nas vozes depressa deu lugar ao som do prazer, ao som de dois corpos amando-se, querendo-se, sussurrando gemidos, gritos em surdina, orgasmos de paixão. O silêncio que se lhes impunha nas vozes foi abafado, desconstruído, substituído, ultrapassado.

A penny for your thoughts



"Perturba-me tua presença quente neste outono invernoso.
Meu corpo efervesce e ferve.
Percorro-te o corpo com a mente numa viagem louca sem fim à vista.
saboreio o tesão que emana cada poro teu,
enebrio-me de ti.
Louco, contraceno contigo os filmes que te li,
tocando-me sorvo o prazer e o deleite
neles expressos,
cada detalhe diabólico,
cada capricho,
cada estado de alma,
até explodir contigo
num estado líquido maravilhoso...

Depois, sentido ainda forte o bater do coração,
digo-te, cara a cara:
Just do me a favour, continua a brindar-nos com a tua companhia."

Anónimo

(Obrigada por esta "excitação" que me incentiva a continuar por aqui.)





(E)m estado líquido #33

 A excitação crescente, os lábios que o circunscreveram, o delinearam em toda a sua extensão, a língua que o torneou, o lambeu, a boca que o engoliu até lhe tocar na garganta, as mãos que o manobraram intensamente a um ritmo sempre guiado pelo desejo de lhe dar o maior prazer. Não se desviou da rota traçada e devolveu-lhe os gemidos que o sentia gemer, também sentia prazer no prazer que lhe oferecia. Demorou-se, em gestos extremados, intrincados, solenes e lânguidos, sorvendo-lhe o sabor e salivando-o à medida que ele se aproximava do culminar. Parou num momento de expectativa, um segundo em que o tempo estagna e em slow motion se espera o desfecho para o qual se preparou. Estava quase. Quase. Mostrou-se disponível para o receber, para o beber, para provar o sabor que lhe antecipava e desejava lhe preenchesse o paladar.

Natural


Por motivos pessoais, o blgo vai ficar sem actualizações ate quinta feira dia 6 de Dezembro :) . Divirtam-te

This blog wont be updated untill December 6th. Have Fun

Kisses
Paula

Lines


Kisses
Paula

Poesia


Desejo
Beijos que se aventuram sem medo
Línguas que se soltam, ávidas.
Carne sob carne num flamejo infinito.
Mergulhas em mim como barco à procura de abrigo
E eu deixo-te entrar, como farol que guia e conduz.
Tuas mãos percorrem meu corpo que se abandona, se entrega e se funde no teu, numa simbiose perfeita.
Baixinho, sussurro:
“ Navega ao sabor da maré…”
E o mar revolta-se rebentando nas rochas, ondas misteriosas de paixão, vestidas de prazer e tecidas de luxúria.

Kisses
Paula


Picture


Kisses
Paula

The D(E)vil is in the smallest details #21

(Promiscuity)

State of the Mind (53)

Acho que já não me lembro de te amar. Já não me lembro do cheiro intoxicante do teu corpo, do toque firme das tuas mãos. Já não me lembro da sensação indescritível de ti em mim, já não me lembro a que sabe o teu  sabor. Já não me lembro do timbre inconfundível da tua voz, do brilho ofuscante do teu sorriso. Já não me lembro da tristeza do teu olhar, já não me lembro do calor da tua boca. Já não me lembro a que sabem os teus beijos intemporais, o conforto terno do teu abraço. Recordo os trechos de memórias que construímos juntos. "Não os deixes escapar, são o que fazem de ti quem és" dita-me a voz autoritária que oiço na minha cabeça. A verdade é que não consigo e por mais que pense que já não me lembro, a tua presença é estranhamente presente em mim. Ao pensar que não me lembro, lembro. Ao procurar para me lembrar, vejo que não me esqueci. Penso que há sempre qualquer coisa que morre em nós quando o esquecimento se torna demência e o suco da indiferença nos jorra dos olhos em lágrimas cruéis. Mas tu manténs-te aqui, do lado esquerdo do meu peito, torto e torpe. E sinto o teu cheiro que não se desvaneceu, consubstancio o teu toque que não me abandonou, reproduzo-te em mim, egoísta, oiço-te aqui trocista, sorrio-te de volta, envergonhada, olho-te fundo, desesperada, beijo-te sem tempo, desfalecida, abraço-te, desamparada.

desejos matinais #26


Puxo-te os cabelos
Dirijo a tua boca ao meu sexo
Entro dentro de ti duro
Agarro na tua cabeça
Acompanho-a no movimento que fazes
Enquanto me engoles bem fundo
Mexo as ancas num vai vem
Que acompanha o teu sugar
Fodo-te a boca deslizando
Na saliva que deitas ao me abocanhar

Pose


Kisses
Paula

Sun


Kisses
Paula

Poetry


No teu corpo fiz meu ninho
Abraça-me amor!
Sente o cheiro do meu colo e o pulsar da minha pele.
Na melodia deste abraço ouve o meu coração que só bate chamando por ti.
Abraça-me amor!
Dá-me o calor do teu peito.
Deixa-me ficar assim,
enroscada na firmeza dos teus braços.
Aí, nesse ninho que é o teu corpo,
moram todas as esperanças, alimentam-se todos os sonhos e libertam-se todas as emoções.
Abraça-me amor!
Teu corpo é minha casa, minha canção, meu poema.
Só ele encaixa em mim.
Só ele encaixa.
Só ele em mim.
Só ele.

Kisses
Paula


(Ela) could have said it #5


Oh Sweet Idleness

O louco, no seu mundo, criado e alimentado da sua própria imaginação e à medida das suas necessidades, vive rodeado de tudo o que precisa. Concentra-se, auspicioso, e materializa tudo o que quer. Vive num mundo seu, coexiste com os seus demónios, trata-os por tu, conversa com eles em verdadeiros saraus, tertúlias, discussões acesas e argumentos de parte a parte. Ela, louca, constrói também o seu. Pega num punhado de purpurinas, brilhantina e missangas, direcciona os holofotes, sopra no megafone, pinta um sorriso no rosto, veste a personagem, prova as pipocas e o algodão doce, mistura-se com domadores de leões, trapezistas sem rede, malabaristas, equilibristas, atiradores de facas, mágicos da cartola. Vê-se, de fora, entregue à mística de um espectáculo de variedades. Um cabaret de sensualidades. Escolhe um voluntário do público, corajoso o suficiente para não recear as consequências das acrobacias mais perigosas, que dê o peito às balas. E começam uma dança única. Uma dança de corpos. Intrépidos, soltam a loucura que contêm nos seus peitos e unem-se no mais terreno prazer. Ela gira em torno dele, percorrendo-lhe a pele com a fúria de uns lábios ávidos, em beijos apaixonados. Ele deixa-se beijar de olhos fechados, inspirando o aroma que ela lhe oferece, sentindo um por um. Estremece quando a sente chegar-se perto, arrepia-se com a ideia de que a fome dela o poderá engolir inteiro. E ela cumpre a ameaça, alimenta-se de um sopro só. Brinca e provoca, fá-lo com empenho, desliza por ele preparando-o para o segundo acto. Chama-o para si, mostra-se aberta a outra encenação, a outro cenário. Ele sente-a preparada, estudou o guião, sabe as linhas de cor. Investe sobre ela, enterrando-lhe a fúria de todo um querer, preenchendo espaços em branco, completando as lacunas de um diálogo de prazer. Argumento atrás de argumento, cada vez mais fortes e menos compassados, a semântica daqueles corpos encaixados deixa de fazer sentido e loucos, mais uma vez loucos, perdem-se entre suspiros e palpitares, entre confettis e aplausos.

Up in smoke


Kisses
Paula

Smile





Kisses
Paula


Shapes


Kisses
Paula

Consumo-te


encosto-te contra a parede fria
rasgo-te a pouca roupa que te cobre o corpo
trinco-te firmemente os labios carnudos
deslizo em gestos firmes as minhas mãos sobre ti
cospe-me para a mão, ordeno-te
percorro-te a pele nua certificando-me do teu prazer
exploro-te o teu sexo sentindo-te escorrer pelos meus dedos
puxo-te os cabelos entrelaçando-os num gesto abrupto
abro-te as pernas amplamente depositando a minha boca no teu sexo
devoro-o sofregamente saboreando cada gota dos teus sucos
deixo-me encantar pelos teus gemidos altos e intensos que me enlouquecem
apodero-me do teu corpo quente tornando-me senhor da tua luxuria
encaixo-te em mim vibrante da tesão que despertas imediatamente em mim
fodo-te intensamente servindo-me de ti para te dar prazer
entrego-te ao teu ritmo gemendo envolto no teu olhar
sigo o deleite do teu corpo tornando-me parte ti a cada estocada do meu sexo
sinto-te entregue enquanto vibras ao constraires-te pronunciadamente
solto-me e venho-me dentro de ti deixando-nos encharcados na nossa esporra
envoltos no odor do nosso consumo deito-me ao teu lado e fico
a olhar bem fundo nos teus olhos enquanto esboças um sorriso matreiro

Hurt me like you mean it

Sente-se um frio gélido que nos percorre o corpo. Tão frio que nos arrepia as entranhas, que as revolve numa indisposição nervosa, que nos prosta de joelhos, caídos sem forças. Recolhemo-nos sobre nós próprios, dispostos a ser fuzilados por um tiro silencioso do revólver certeiro da vida. Sente-se um frio gélido que nos congela a alma, que a transporta para o lado da sombra e onde as imagens, numa cavernal alegoria deixaram de ser tão belas. Recordamos aquelas outras, as de antes, em que tudo batia certo e em que o sorriso se mantinha incólume no rosto, em que a perfeição parecia estar ao nosso alcance. Sentimo-la agora fugir por entre os dedos, escorregadia, solta que nem areia seca de uma praia desabitada. Recordamos, qual curta-metragem que nos passa diante dos olhos antes de morrer, os momentos importantes daquilo que por instantes vivemos. Vemos o primeiro sorriso trocado, o primeiro abraço, o primeiro beijo dado, aquele beijo especial que nos enfeitiçou. Vemos o momento em que as mãos se entrelaçaram para não mais se apartarem, vemos as gargalhadas, a cumplicidade. Vemos o primeiro toque, aquele que nos aqueceu o corpo e nos fez querer mais. Vemos o primeiro arrepiar da pele imbuída do desejo, vemos o primeiro explodir de prazer, aquele que nos fez ter a certeza que não se sentiu antes prazer igual. Passam depressa, a correr, num condensado daquilo de que somos obrigados a abdicar. Enregelados, aguardamos pacientemente que o corpo que outrora nos aqueceu, se venha de novo encostar a nós, se encaixe num abraço de corpo inteiro. Queremos com toda a força que em fúria ele nos venha preencher, que sinta vontade de nos tomar, de nos saciar o vício de amor, de paixão. Queremos sentir que a saudade é recíproca, que o nosso corpo lhe falta tanto quanto a nós, que a protecção daquele guarda-chuva invisível afasta a chuva de lágrimas que ousam cair-nos desenfreadamente pelo rosto.

Effort


Kisses
Paula

Mirror


Kisses
Paula

Strong


Kisses
Paula

Pose


Kisses
Paula

Sea


Kisses
Paula

Friends


Kisses
Paula

Chaos

Kisses
Paula

Lines


Kisses
Paula

Challenge

Kisses
Paula



MARGENS OPOSTAS

Tacteei minha sombra caída
Os ramos de uma magnólia cedem ao vento
Ergui num deserto um castelo de raivas
Segui numa distância infinita ladrilhada de mágoas

Já não posso dar-te a mão, cheguei tarde
Entre ruinas procuro o sentido, a razão
Já não canto aos deuses, não rezo
Já esqueci o sabor do desprezo, não desprezo

Tracei um círculo de solidão
Ausente do meu nome está o chamamento
Jazem mudas as folhas de silêncio
Errantes brumas ao sabor do vento

Percorri um longo e tortuoso caminho
Moro numa casa da memória no topo da saudade
Prodígios de mil cores espalhei pelo caminho
Pintei almas, mentiras, girassóis e singelas verdades

Talvez seja apenas nevoeiro desmoronado pela luz
Um grito ecoando num mar inebriado
Um plantador da sublime palavra
Um arcanjo em luta eterna com o diabo

Lutei tanto por ti…
Luto com espadas de fogo e esperança
Não há idades para amar com amor
Não há barco que nos leve no fugir à dor

Oiço uma soluçante chuva
Uma menina de destroçado coração
Oiço um pássaro chato cantar todas as manhãs
Li gravado num banco de jardim a palavra perdão

Rumores incendiados, céu menstruado de paixão
Mãos urgentes afagam estátuas incompletas
Neste rio de furiosas águas sonhado pelo pintor
Quedo-me só eu e a estupidez em…Margens Opostas…

True Colours #22

Do mundo dos sonhos, sobram-nos ao acordar, entorpecidos pelo frio da manhã, resquícios de um imaginário, de viagens sonâmbulas, de planetas longínquos de ficção. Do mundo dos sonhos,  guardamos ideais de loucura que sonhámos a dormir e que desejamos sonhar acordados. Ao abrir os olhos, ténue e vagarosamente, vemos flashbacks, imagens que já nos fogem da memória, esfumadas e serpenteantes. Aquele lenço vermelho, que lhe flutuava agora em frente aos olhos, solto, suave e esvoaçante, havia sido o ponto de partida para a história daqueles dois amantes desconhecidos. O vento soprava de norte, as nortadas sempre haviam sido a sua maior razão de queixa nos Invernos solitários da sua vida e estava habituada a socorrer-se da roupa mais quente, da sobreposição em camadas de calor, de luvas, gorros e cachecóis. Naquele dia, ao perscrutar o armário, aquela peça parecia chamar por si. Enquadrou-a na indumentária que havia destinado, enrolou-o ao pescoço e saiu, ensonada e preguiçosa rumo a mais um dia de trabalho. Parou no caminho para um expresso, remédio contra o torpor matinal e, apressada, atravessou a rua em direcção ao escritório. Enquanto aguardava o aval do semáforo, cruzou o olhar com um desconhecido que esperava do lado oposto.  Um sopro de vento distraiu-os por instantes e o lenço dela voou e foi parar nas mãos dele. Sorriram-se mutuamente. Desejaram-se mutuamente. Verde. Caminharam dispostos a sorrir mais de perto. Roçaram, ombro com ombro, mão com mão. Ela sentiu o seu aroma, ele deixou-se inebriar pelo dela. Queriam-se. Estacaram os seus intentos e num ímpeto, abraçaram as suas mãos. Ele puxou-a no sentido que as suas pernas o levavam e disse-lhe apenas "Anda!". Os restantes passos dados diluíam-se já na memória, recorda-se de caminhar a seu lado em silêncio, atravessando um jardim, de lhe sentir o nervosismo nas trémulas mãos, de uma chave, de um quarto. Recorda-se de ser vendada com o lenço, com o culpado de tudo, de sentir na pele o toque de umas mãos gélidas ao início. Peça por peça, camada por camada, o seu corpo foi sendo posto a descoberto. Sentiu-se frágil e à mercê de um desconhecido mas surpreendentemente, isso não a impediu de se deixar levar. O aroma que o corpo dele emanava junto ao dela, hipnotizava-a, telecomandava-a a deixar-se explorar. E o lenço, passava de canto em canto, dos olhos para a boca, da boca para os seios, dos seios para os pés e dali finalmente para as suas mãos, constritas agora num laço apertado mas ainda assim solto o suficiente para não a magoar. No fundo sabia que queria tudo aquilo. Eram dois amantes desconhecidos mas investidos em se desfrutar, em se conhecer mais e mais profundo, em se dar a perceber, em partilhar o prazer de uma entrega livre de emoções. Só as emoções decorrentes do sexo que queriam. Ele percorreu-lhe toda a extensão da sua pele, tacteando cada imperfeição num perfeito degustar, deu-lhe o prazer de a fazer explodir em toques exímios no seu clitóris, deu-lhe a provar o sabor da sua excitação, deu-lhe a sentir o tamanho do seu desejo em investidas poderosamente deliciosas. Não usaram palavras, entenderam-se por gemidos, por ofegares, por gestos e movimentos ora assertivos, ora lânguidos. No fim, sucumbiram ambos ao cansaço de uma maratona de luxúria. Fecharam os olhos. Ela acordou e sentiu aquele lenço vermelho chamar por si, aquele lenço vermelho que lhe flutuava agora em frente aos olhos, solto, suave e esvoaçante e que havia sido o ponto de partida para a história daqueles dois amantes desconhecidos. Ele acordou e decidiu que naquele dia iria a pé para o trabalho. Apetecia-lhe sentir o vento na cara, o frio no corpo.

Hidden


Kisses
Paula

Windows

Kisses
Paula

Nature


Kisses
Paula

(Ela) dá-vos música!

Shapes


Kisses
Paula

Submit


Kisses
Paula

Tender


Kisses
Paula

State of the Mind (52)

 



Provar
Lambuzar
Saborear
Estremecer
Lamber
Enlear
Molhar
Trincar
Brincar
Gemer
Ofegar
Salivar
Querer
Introduzir
Olhar
Masturbar
Envolver
Implorar
Chupar
Suplicar
Sucumbir
Explodir
 
 

desejos matinais #25


encaixo a minha anca insinuante na tua que me acolhe com uma velocidade certeira e força fugaz
entro bem devagar dentro de ti que me acolhes bem fundo preenchendo-te completamente com a minha tesão que te invade sem permissão
sinto espalhado viralmente pelo meu corpo quente a certeza do prazer incessante que me proporcionas
envolvo-me liberto no calor dos teus labios carnudos deixando-me ser devorado totalmente por ti

Let it flow


Kisses
Paula

Desire


Kisses
Paula

Shadows


Kisses
Paula

The Night


Chegou a minha casa deslumbrante como sempre a conhecera..
O cabelo louro arranjado, as unhas vermelhas pontiagudas, um vestido que lhe acentuava perfeitamente as curvas deliciosas que eu tão bem conheço, as botas de cano alto que lhe desenhavam as pernas longas que eu me delicio a tocar.
Sem existir direito a comprimentos formais, peguei-a pela cintura num gesto seco e encostei-a contra a parede entregando-me à forma como ela imediatamente me começou a beijar, sôfrega, intensa, louca por me sentir também.
Com ela ao colo encaixada perfeitamente na minha cintura dirigi-me para o quarto.. mas chegando as escadas ela saiu suavemente de cima de mim e sentou-se nos degraus, de braços abertos, e uma perna esticada para mim, desafiando-me a tirar-lhe a roupa mesmo ali.
Bem devagar e sempre a olha-lá bos olhos fui removendo-lhe a roupa toda.. Primeiro as botas, depois as meias, o vestido por fim, deixando-a apenas com as cuecas de fio dental pretas e o soutien largo preto com um padrao requintado desenhado a linha vermelha, que lhe acentava perfeitamente e acentuava aquele peito pequeno de menina.
Encaixei-me novamente nele e pegando-a pela cintura levantei-a no ar e subi as escadas em direcção ao quarto onde a deitei suavemente em cima da cama.
Aquele corpo de pele branca suave, as curvas insinuantes da posição como ela se colocou deitada à minha frente, o cabelo louro espalhado em contraste com o tecido preto dos lençóis, dava-me a mim o quadro perfeito de luxuria a que eu nada mais queria senão entregar-me totalmente e perdurar.
Sem qualquer consciência, mergulhei no prazer de sentir e explorar todas as sensações que nós tão bem conseguimos explorar em conjunto..

Face to Face




O orgasmo, momento de expiação por excelência é físico e é psicológico. Tenho uma curiosidade absurda acerca do rosto do orgasmo. Cada pessoa manifesta o momento de prazer máximo de uma forma muito própria. Gosto de a observar. Gosto de a guardar na minha memória visual. Gosto de ver os traços de luxúria e libertação, a sofreguidão de um prazer efémero mas divino, o esgar de fúria libidinosa. O doce sucumbir do corpo à explosão sensorial mais pura e desinteressada que existe.



"Then as he began to move, in the sudden helpless orgasm, there awoke in her new strange thrills rippling inside her. Rippling, rippling, rippling, like a flapping overlapping of soft flames, soft as feathers, running to points of brilliance, exquisite and melting her all molten inside. It was like bells rippling up and up to a culmination. She lay unconscious of the wild little cries she uttered at the last." 

D.H. Lawrence, Lady Chatterley's Lover
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