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Orquídea Selvagem

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(Ele): Dançamos logo à noite?
(Ela): It's a date?
(Ele): Only if I bring you flowers.
(Ela): Orquídeas, as minhas favoritas!


(Ele): Os machos são criaturas visuais e uma orquídea é uma vagina perfeita. Não há nada que enganar naquela imagem.
(Ela): Mas vá! Sê deselegante. Hoje quero!
(Ele): Explicitamente deselegante? Gosto da sugestão mas não tenho qualquer problema em cheirar uma orquídea e tocar com o nariz ao de leve. Apenas um toque. O cheiro é agridoce mas faz-me querer tocar de novo. E é um cheirar movimento contínuo, de baixo para cima. Um movimento que liberta o nariz, aproximando a boca que não resiste e toca também. Língua que se afunda, saindo com um fio de baba. E agora é a língua que se arrasta para cima e para baixo. E de repente, também só toca. E já não és uma orquídea. E o meu tocar também já é em mim.
(Ela): Posso também? Ou estou de castigo?
(Ele): Podes. Até me ajudas. Quero incentivo aqui. Combinámos que hoje era uma dança a dois. Não há correntes.
(Ela): Algo me diz que sabes o que estás a fazer. E que eu estou a gostar!
(Ele): É preciso concentrar o movimento. Endurecer em cima e em baixo. E essa ponta dura e molhada toca no teu ponto cada vez mais húmido.
(Ela): Mas primeiro tenho de te saborear. Posso?
(Ele): Não podes. Afinal estás de castigo e este momento ainda é só meu. Tu prendes-me com as tuas coxas. Ou despenteias-me com as mãos. Ou arqueias o tronco. Mas não podes fazer muito mais. Gemer. Podes gemer. Porque nesta altura, já não é só a língua e já procuro o teu g-spot. A mão que me sobra empurra a tua barriga. O teu monte de vénus de encontro aos meus dedos dentro de ti e uma dentada na coxa esquerda, por dentro. Sem deixar marca, que aqui ninguém vê. Os sítios que estão à vista fazem inveja ao resto do mundo. Os envergonhados que não dão dentadinhas carinhosas que se aproximam cada vez mais do pequeno sininho que já aflora.
(Ela): Gostas do que vês? 
(Ele): Do que vejo, do que sinto, do que saboreio. Uma mulher completa à espera de preencher o vazio que demonstra que afinal não o é. E é aqui que me saboreias, mas não onde querias porque o que tu querias está a começar a entrar dentro de ti e tu recebes. Uma e outra vez. E saboreias sim, mas a minha boca ainda com o que trouxe de ti.
(Ela): Trincas-me?
(Ele): Puxo-te um lábio. O de cima. E gemo-te grave ao ouvido.
(Ela): Dá me a tua língua!
(Ele): Dou...mas que fazes com ela?
(Ela): Beijo-te num vaivém. Entrelaçadas ambas, selamos o fôlego um do outro numa espiral que acompanha o ritmo das tuas investidas.
(Ele): Neste momento a investida é subtil. Mas afasto-me por segundos e olho te de perto, nos olhos. Sorrio. É um movimento acompanhado pelo teu aperto. As tuas pernas entrelaçadas atrás de mim e eu digo... "malandra" e volto a encostar-me na tua boca.
(Ela): Não. Dizes puta.
(Ele): Digo Puta! Pergunto-te se queres que eu te foda. Se é assim que gostas, enquanto saio e entro a todo o comprimento. Quando desço, bato forte e tu já não respondes, porque falar aqui não significa nada.
(Ela): Mas sabes o que quero muito? Que me fodas de quatro.
(Ele): Isso! Mas não o faço de um movimento só. Nem chegas a sair de mim. Passo-te uma perna pelo meu peito e ficas de lado mas sempre comigo dentro. Começas a sentir aquele bocadinho extra que esta posição já dá.
(Ela): Toca bem lá no fundo...
(Ele): Não muitas vezes, mas as suficientes para preparar para o que vem a seguir. Aqui, aperto-te a cintura e a perna, puxando-te para mim, fazendo com que vá mais fundo. E é preciso parar um bocadinho desajeitado agora, para ficares de quatro. Não é preciso sair, mas tem de ser com jeitinho. Ajudo-te, puxando para cima mas ainda não te empurro pelas omoplatas. Podes ficar de quatro, de facto. Enquanto eu te aperto as nádegas e uma e outra vez se mantém o movimento. Decides levantar-te um pouco, pondo-me de joelhos e sentando-te em cima de mim.
(Ela): E eu posso me tocar?
(Ele): Podes, temos ambos as mãos livres. E todo o teu corpo é tocado porque as minhas mãos apertam os teus seios.
(Ela): E eu uso a anca para rodopiar em ti descrevendo movimentos circulares e começamos a gemer cada vez mais e a ofegar cada vez mais.
(Ele): Pois usas. E eu gosto. Já não nos contemos e isto já é animal. Não me esqueço de te chamar, não me esqueço de te perguntar.Também te digo como gosto, também te digo que gosto e empurro-te então para a frente e não te deixo fazer força com os braços, fica só o teu rabo espetado e sempre comigo lá dentro. Forte, rápido, mais forte, mais rápido. Até que paro um bocadinho para te castigar. Uma única vez, uma única pausa. Meio segundo, mas bem fundo e recomeça. O som é inconfundível: Duas pessoas a entregarem-se ao prazer, à indulgência.
(Ela): Tenho direito a uma palmada?
(Ele): Tens! O entusiasmo está a crescer e essa palmada salta. Talvez duas, não de seguida mas também não muito espaçadas. E estamos perto... Já não te agarro na cintura a puxar-te para mim mas sim pelas nádegas. Dedos cravados no teu rabo arrebitado. Apesar de seres uma mulher moderna e desembaraçada, não vais ter controlo aqui. Não vamos chegar a ti por cima.
(Ela): Controlas-me.
(Ele): Tu tocas-te e eu toco-te e eu fodo-te e já não te controlas e eu já não me contenho.
(Ela): E como queres acabar? Dás-me a mim?
(Ele): Dou.
(Ela): A minha boca?
(Ele): Só se já tiveres acabado de me usar.
(Ela): Então deixa-me comandar só o final. 
(Ele): Deixo.
(Ela): Sais de mim. Viro-me para ti ainda de joelhos. I bend to you. Pego-te, masturbo-te só um pouco. Porque já desde o início que te queria provar. Alcanço-te. Lambo-te devagar. Primeiro só a ponta. A língua circunda-te. Brinca. Depois lambe de alto abaixo até que te sorvo de uma só vez e chupo incessantemente. Sem pudor. Sinto o teu arfar e é nesse momento que soltas tudo o que tens dentro. Dás-me a provar. Tudo. Regozijas. Ris seu sacana. E eu rio também.
(Ele): E já lado a lado, acendes um cigarro e apercebemo-nos que nunca foste uma orquídea...
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